segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Antes que meu avião caia


Estou a centenas de pés do chão
As asas, daqui de dentro, me parecem tocar o chão
Seu corpo, toda uma montanha, o nariz embica naquela direção
Pares de olhos me puxam feito a pressão de uma turbina reproduzindo do teu riso o som que me anima
Ouvi a ultima chamada para o voo solidão, check-in imediato. “Sr. Estas são suas bagagens de mão?” “Algum objeto cortante, perfurador ou lâmina?”
Não, apenas uma canção, mas não deu tempo de canta-la, houve um acorde surdo quando no solo o avião se estatelava.



L. Custodio


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